sábado, 27 de junho de 2015

Lições não aprendidas

É muito sintomático que as 500 Milhas de Fontana foram realizadas praticamente no mesmo horário de Brasil x Paraguai. Quase um ano após o 7x1, o futebol brasileiro não aprendeu a lição que recebeu no Mineirão e é eliminado por um medíocre adversário jogando quatro partidas pífias. Na California, a Indy parece não ter aprendido a duríssima lição do que ocorreu em Las Vegas, em 2011.

Um placar eletrônico ao final da reta dos boxes em Fontana mostrava um enorme placar com a velocidade atingida pelos pilotos. Em milhas, a velocidade variou entre 220 e 225, ou seja, 352 ou 360 km/h. Com os novos kits aerodinâmicos, o carro da Indy ganhou downforce e o que vimos em Fontana foram quase tragédias a todo momento, com o pelotão inteiro compacto, andando nas velocidades acima. Graças a Deus não houve nenhum ferido gravemente, mas não faltou oportunidades para isso, com pilotos maluquinhos cortando a frente dos outros em manobras temerárias, permitidas pela nova configuração dos carros e pela direção de prova, que não tomou nenhuma atitude para evitar uma corrida perigosa como a de hoje.

Os acidentes de Takuma Sato/Will Power e Ryan Hunter-Reay/Ryan Briscoe (principalmente este) foram impressionantes, mas nenhum deles saiu ferido. A corrida foi vencida pelo piloto mais irresponsável da tarde, Graham Rahal, que iniciou o acidente de Helio Castroneves por causa de suas manobras kamizakes. 

Fico abismado quando pessoas pedem mais perigo para o automobilismo, seja qual for a categoria. Parece que as pessoas não ligam para a vida humana. Não liga para o próximo. Se alguém se fuder dentro de uma pista, azar o dele, ele que escolheu essa vida, pois eu quero é emoção. Mas essas pessoas não devem lembrar que Dan Wheldon tinha esposa, uma filha, era filho de dois pais amorosos e amado pelos seus amigos. E por causa dessa 'emoção', hoje ele está morto. 

A Indy, assim como o futebol brasileiro, definitivamente não aprendeu a lição. Tomara que no caso da Indy, ela não espere outra tragédia para que haja mudanças.

2 comentários:

  1. Bem... Corrida é perigosa mesmo. E quanto mais rápida, mais perigosa, mas é esta a essência do automobilismo, não?
    E não acho que os manetas da indy tenham sido malucos, apenas ousados, coisa que a F1 hoje em dia não deixa.

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  2. Groo.. você falou tudo! Corridas já são perigosas por si só, pelas velocidades atingidas e por ter que disputar na pista com outros pilotos.
    Portanto, quanto mais responsabilidade e respeito dos pilotos, melhor para se evitar tragédias.
    Ontem, em Fontana, o que mais faltou foi responsabilidade e respeito por parte de alguns pilotos. Ninguém ter saído ferido foi um milagre, mas será que haverá milagres na próxima vez?
    É tão emocionante assim colocar vários pilotos a mais de 350 km/h tão próximos numa pista?
    Com certeza, lá de cima, Wheldon não curtiu...

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