O presente da Williams pode ser visto no velho caso do 'Copo meio cheio ou meio vazio'. Lembrando como o time estava em 2013, parecia que a tradicional equipe de Frank Williams estava caminhando para o mesmo fim da antiga Lotus, quando os anos de glórias e títulos ficaram bem para trás e o fechamento das portas era algo, infelizmente, bem plausível. Porém, o surgimento de Claire Williams como chefe de equipe e, principalmente, o novo contrato com a Mercedes fez com que a Williams ressurgisse das cinzas e voltasse a andar na frente.
Foram dois terceiros lugares no Mundial de Construtores nos dois últimos campeonatos, mas se a Williams quiser dar um passo a mais e voltar a brigar por títulos, como falou Felipe Massa essa semana no Globoesporte, o time de Grove precisa se tornar uma equipe de fábrica, como bem explicou a Renault quando comprou a Lotus. Ter o motor Mercedes faz da Williams uma equipe a ser observada e com garantias de andar bem durante o ano, sempre beliscando pódios aqui e ali, mas voltar aos tempos de glória e títulos sendo uma equipe cliente, é beirando o impossível. Sem nenhuma montadora querendo entrar na F1, a Williams segue em sua zona de conforto e hoje apresentou um carro idêntico ao do ano passado, com objetivos bem parecidos com os de 2015, que é se manter uma equipe de ponta e se aproveitar de algum erro da Mercedes de fábrica.
Contudo, seus dois bons pilotos querem mais. Bem mais. Prestes a completar 35 anos, Felipe Massa já está quase contornando a curva final de sua carreira na F1 e o brasileiro deixou bem claro que só fica na F1 em carros competitivos e que o façam brigar novamente pelas vitórias. O caso de Valtteri Bottas é ainda mais claro. Com potencial de campeão do mundo, o finlandês quase foi para a Ferrari em 2016, mas com a renovação de Raikkonen, ficará uma quarta temporada na Williams na expectativa de conseguir sua primeira vitória. Ambos os contratos de Massa e Bottas terminarão no final de 2016 e será bem difícil segurá-los em caso de fracasso ou marcação de passo da Williams nesse ano. Porém, tudo indica que a grande vitória da Williams em 2016 será manter o terceiro posto no Mundial de Construtores. Longe das vitórias e dos títulos, mas bem melhor do que três anos atrás.
Pra Massa,mais uma temporada decisiva.
ResponderExcluirSe o carro da Williams provar ser competitivo a ponto de brigar por vitórias em algumas situações,ele terá que usar sua experiência toda pra isso,mesmo tendo um osso duro de roer como Valtteri Bottas.
Tarefa nada fácil pra ele.