Numa empresa normal e em crise, a cúpula da empresa se reúne para identificar os principais problemas e depois vai esboçar planos de ação para resolver esses problemas. A F1 passa por uma crise, mais uma em sua longa história. O Grupo de Estratégia da categoria deveria se reunir para tentar encontrar os principais problemas e tentar melhora-los. Pelo menos é essa a teoria.
Para desespero dos puristas, o atual sistema de classificação da F1 é o melhor de sua história, na minha opinião. E o pior, também na minha opinião, era o antigo formato de uma hora, com todos os pilotos na pista. Para quem não lembra, até 2002 o treino começava e demorava uns vinte ou mais minutos para uma Minardi ir à pista. Quando Alex Yoong fazia um tempo horrível, lá vinha a outra Minardi fazer um tempo melhor que o malaio e ficar com o melhor tempo por alguns minutos. Dobradinha da Minardi. Nisso, já tinha passado meia hora e nada tinha acontecido na pista e tome as câmeras mostrando as árvores, os comissários, os boxes, os mecânicos... Depois o treino esquentava, mas nesses pouco mais de vinte minutos, somente os pilotos da Ferrari, McLaren e Williams (na época, as equipes dominantes) apareciam, com as demais equipes mal aparecendo na TV, a não ser atrapalhando os líderes. Se alguém sente saudade desse tempo, parabéns, mas eu não!
O sistema usado até o ano passado era simples e era bem movimentado. Porém, a F1 resolveu mexer na classificação, como se fosse um grande problema na categoria, quando na verdade não é. O novo sistema não é de todo ruim, forçando que os pilotos ficarem mais tempo na pista, mas muito complicado e difícil de entender. Quem acompanha direto, rapidamente irá entender. Mas quem é um telespectador que não assiste muito a F1? Com certeza ficará maluco!
Como falei semana passada sobre o ridículo formato das corridas na Nascar Truck Series, o automobilismo como todo está numa espécie de crise de identidade, tentando achar um equilíbrio entre esporte e entretenimento. Esse novo formato de classificação, ainda não aprovado totalmente, apesar de ser essa a tendência, leva a F1 mais pro lado do entretenimento. Só espero que não influencie no esporte.
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