Nas corridas, existem várias frases e clichês sobre a diferença do que pode acontecer entre sábado e domingo. "É na corrida que vale", "Os pontos são conquistados no domingo" e por aí vai, mas o passo que Lewis Hamilton deu rumo ao tetracampeonato nesse sábado não pode ser ignorado. O inglês da Mercedes conseguiu sua 70º pole na carreira, mas o que importa foi o problema no turbo de Vettel ainda no Q1, quando a Ferrari dava mostras que tinha carro para dar à Sebastian um respiro na luta pelo título com Hamilton.
De forma até surpreendente, a Ferrari liderava o pelotão em Sepang nos treinos livres e Vettel tinha ótimas chances de começar o final de semana com o pé direito, mas logo no Q1 as esperanças do alemão viraram pó, com o seu carro perdendo potência logo na sua primeira volta rápida. "Turbo", falou Vettel pelo rádio. A Ferrari ainda tentava um milagre, mas a cara dos mecânicos italianos diziam tudo. Ao invés da pole, Vettel largará em último amanhã, deixando o caminho livre para Hamilton abrir ainda mais na tábua de classificação do campeonato. Se há algo de bom para Vettel, é que a preocupação em ter que fazer a quinta troca de motor e ser punido acabou, pois largando em último amanhã, o alemão trocará o motor e correrá as provas finais com tudo novo, mas sua luta será inglória.
Assim como aconteceu em Cingapura, Hamilton capitalizou o problema de Vettel e marcou a pole, num final de semana que tinha cores vermelho-Ferrari. O inglês marcou a pole com direito a recorde histórico da pista de Sepang, que se despede do calendário da F1 nessa temporada. Carregando as esperanças ferraristas, Raikkonen ainda ficou muito próximo, menos de um décimo de Lewis, mas completará a primeira fila. A dupla da Red Bull superou um apagado (mais uma vez) Valtteri Bottas. Na luta pelo melhor do resto, melhor para a Force India e Esteban Ocon, que colocou tempo em Pérez. Hulkenberg ficou logo atrás do francês e a McLaren surpreendeu ao colocar seus dois carros no Q3 num circuito com duas retas longas. Ainda mais com Vandoorne superando Alonso, além da surpresa de Gasly ficando muito próximo de Sainz em sua estreia, algo que Kvyat não fazia o tempo todo. Enfrentando o declínio da Williams nesse ano, Massa ficou no Q2, nessa que pode ser sua última temporada na F1, desta vez, de forma definitiva.
Como não poderia deixar de ser, Vettel aposta no clima instável da Malásia. Como sempre, a chuva pode aparecer a qualquer momento e tornar a corrida uma loteria, algo que já aconteceu em várias oportunidades em Sepang. Largando em último, o alemão torce pelo imponderável, mesmo sabendo que Hamilton adora situações de pista molhada. Nessa reta final de campeonato, a estrela de Hamilton começou a brilhar na hora certa.
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