Scott Dixon. O que dizer desse rapaz? O neozelandês é o típico piloto bem acima da média dos seus pares dentro de sua categoria. Dixon parece fazer das corridas da Indy uma matéria simples, como se correr raspando os muros de Detroit fosse um mero exercício de ir na padaria comprar pão e voltar tranquilamente para casa. Numa corrida dominada pelos motores Honda, além da equipe Andretti, Dixon fez como nos tempos em que enfrentava o poderio da Penske e foi derrotando um a um os pilotos da Andretti para vencer pela 42º vez na Indy.
A corrida em Belle Isle foi típica de um circuito de rua na Indy. Sem muitas ultrapassagens e definida na estratégia. O principal território de Dixon. Após a Chevrolet vencer com Will Power as 500 Milhas de Indianápolis, a Honda apareceu fortíssima em Detroit e colocou oito carros entre os dez primeiros no grid, além de mostrar um claro domínio da equipe Andretti, que viu Marco conseguir uma pole após muitos anos, com Alexander Rossi e Ryan Hunter-Reay logo depois. Enfiado entre os pilotos da Andretti, vinha Dixon em sua claudicante Ganassi. A outrora toda-poderosa equipe de Chip Ganassi ainda não se adaptou ao novo kit universal e desde o início da temporada o time vem sendo carregado nas costas por Dixon. Marco Andretti liderou as primeiras voltas, mas era claro que Dixon estava mais rápido e quando ocorresse a primeira rodada de paradas, ele daria o pulo do gato. Hunter-Reay e Rossi vinham logo atrás, além de Graham Rahal vir muito forte um pouco mais atrás.
Numa corrida sem maiores incidentes no começo, Dixon realmente pulou na frente de Marco na primeira rodada de paradas e liderava à frente dos pilotos da Andretti num momento decisivo da corrida, onde não se sabia se os pilotos parariam duas ou três vezes. Então René Binder rodou, fazendo com que vários pilotos parassem nos pits, só que a bandeira amarela não veio nesse momento. Rahal foi um dos que pararam e com pneus frios, bateu no muro e finalmente trouxe a bandeira amarela. Dixon liderava nesse momento, enquanto os brasileiros da Foyt lamentaram a bandeira amarela naquele momento caíram pelotão abaixo. Dixon liderava a corrida quando faltavam pouco mais de vinte voltas para o fim, conta exata para que os pilotos não necessitassem mais fazer pit-stops. Dixon recebeu a bandeirada à frente de Hunter-Reay e Rossi, garantindo uma vitória que o coloca novamente como um verdadeiro player na luta pelo título. A Penske sofreu com a péssima corrida da Chevrolet e Power foi o melhor piloto da equipe e da montadora em sétimo, com Newgarden somente em nono e Pagenaud fazendo uma corrida bisonha, sempre nas últimas posições.
Numa corrida dominada pela Honda, foi o melhor piloto com os pilotos japoneses que se sobressaiu. Porém, Dixon não é apenas o melhor piloto com motor Honda. É o melhor piloto da Indy.
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