Não bastasse vencer pela primeira vez na F1, Charles Leclerc entra nessa parte da coluna por ser um piloto com uma personalidade fortíssima, que faz muita falta na F1. Com apenas 21 anos de idade o monegasco já passou por várias situações de superação e dor que muitos pilotos experientes não passaram em toda a carreira. Quando começou a correr de kart no começo da década passada, Leclerc tinha como contemporâneos Pierre Gasly, Esteban Ocon e Anthoine Hubert. Junto a eles, Charles conheceu um piloto um pouco mais velho e já reconhecido como uma grande esperança francesa chamado Jules Bianchi. Leclerc passar a ser apoiado por Bianchi, além do seu pai. Charles Leclerc foi se mostrando um grande talento como Gasly, Ocon e Hubert, mas em 2014 o monegasco viu seu mentor Bianchi sofrer um seríssimo acidente em Suzuka pela F1 que o mataria nove meses depois. Leclerc conseguiu o lugar que era destinado para Bianchi: ser o futuro piloto da Ferrari. Infelizmente Leclerc não conseguiu que seu pai Hervé visse esse sonho se tornar realidade, pois ele morreu em 2017, ano em que Leclerc venceu a F2. Charles estreou na Ferrari esse ano, conseguiu duas poles no ano de estreia numa equipe grande, bateu na trave o mesmo número de vezes para vencer. Em Spa, Leclerc marcou sua terceira pole na carreira, só que a festa durou poucas horas, até seu amigo Hubert falecer num acidente de F2. Com muita dor, Leclerc abraçou a mãe de Anthoine antes da largada e recebeu um pedido do seu contemporâneo Gasly: Vença essa corrida por Anthoine. Charles Leclerc pôs tudo isso de lado e fez uma corrida magnífica, passando 44 vezes pelo local que matou seu amigo menos de 24 horas antes, onde administrou a liderança e soube segurar a pressão do pentacampeão Lewis Hamilton nas voltas derradeiras antes da bandeirada. Por Anthoine Hubert. Por Hervé Leclerc. Por Jules Bianchi. Essa primeira vitória (tomara que de muitas) mostrou bem do que é feito Charles Leclerc.
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