Como você ter o carro mais rápido do final de semana e perder uma corrida, além de causar um estranhamento com seus pilotos. Assim pode ser resumido o final de semana da Ferrari em Sochi, com os italianos sofrendo uma derrota dolorosa e voltando à Maranello com seus dois pilotos em pé de guerra. Desde o início era claro a vantagem da Ferrari na enorme reta dos boxes e mesmo com um carro mais equilibrado, a Mercedes não conseguia devolver nas partes rápidas do insosso circuito de Sochi. Hamilton falava em até oito décimos de déficit nas retas. Leclerc sempre andou mais rápido do que Vettel e marcou a quarta pole consecutiva, igualando uma marca que a Ferrari só havia conquistado nos anos dourados de Michael Schumacher há quase vinte anos atrás. Vettel ainda foi superado por Hamilton na classificação, mas o alemão rapidamente se recuperou na largada e assumiu a ponta da corrida na primeira curva, sem muita combatividade de Leclerc, graças a um acordo celebrado entre os dois pilotos da Ferrari antes da prova. A segunda parte do plano consistia em Vettel devolver a posição para Leclerc, mas o alemão começou a imprimir um ritmo tão forte, que a troca não parecia segura e Leclerc mais uma vez ficou vendo navios. Enquanto isso, Hamilton seguia as Ferraris sem muita chance de ataque. Porém, a quebra do motor de Vettel proporcionou a Hamilton entrar nos pits no momento de safety-car virtual e ganhar a posição de Leclerc. Assustada, a Ferrari efetuou uma segunda parada no carro de Charles, que foi ultrapassado por Bottas. Mesmo com um motor estupidamente potente, Leclerc mal colocou de lado em cima do finlandês da Mercedes. De uma dobradinha da largada, a Ferrari teve que se contentar com um terceiro lugar com sabor de derrota, enquanto Vettel e Leclerc se estranham cada vez mais. Já que estamos na Rússia, terra de Vladimir Putin, a situação interna da Ferrari está russa e Leclerc ficou... Putin!
Nenhum comentário:
Postar um comentário