quinta-feira, 10 de setembro de 2020

E ele não se aposentou

 


Como uma peça de dominó que é derrubada, o anúncio da saída de Sergio Pérez da Racing Point no dia de ontem era a deixa para que Sebastian Vettel fosse anunciado nessa manhã como novo piloto da equipe, que em 2021 se chamará Aston Martin e terá status de equipe de fábrica. 

Muito se falava que a Aston Martin seria o porto seguro de Vettel após sua passagem abaixo das expectativas na Ferrari. O alemão sabia que não tinha chances na Mercedes, principalmente com as constantes sovas levadas por Hamilton ao longo dos últimos tempos, apesar dos multi-campeões se respeitarem bastante. Sem muitas opções em cockpits competitivos, Vettel viu na futura Aston Martin uma alternativa viável para continuar sua carreira na F1. Não é de hoje que a Mercedes questiona se vale ou não à pena se manter como equipe própria na F1 e Toto Wolff já demonstra sinais de cansaço. O dirigente estaria estafado da constante pressão de manter o alto sarrafo que a Mercedes colocou nos atuais padrões da F1. Pensando, talvez, num cargo menos estressante, o dirigente austríaco já tem ações da futura equipe britânica. 

Com laços estreitos com a Mercedes, começando com a cópia descarada do carro do ano passado, a futura Aston Martin tem um futuro promissor pela frente e sendo alemão, Vettel se ajuntaria de alguma maneira com a Mercedes. Porém, Vettel pode ter problemas se a política da equipe permanecer. Apesar da força da Aston Martin, o dono da equipe nada mais é que Lawrence Stroll, magnata canadense que faz questão de bancar a brincadeira do seu filho Lance. Apesar de ainda jovem e ter sido treinado para chegar à F1 desde muito novo, é nítida a falta de talento de Lance Stroll, mas como ele é filho do homem...

Não foi raro os outros pilotos da equipe Racing Point fazendo paradas 'estranhas' no final da corrida, fazendo com que Lance fosse o piloto número um da equipe no final das corridas. Pérez e Hulkenberg são claramente muito mais capacitados do que Stroll, mas foram negligenciados na estratégia da equipe em vários momentos e foram deixados de lado por causa do canadense. Será que Vettel aceitaria de bom grado uma parada 'estratégica' nas últimas voltas?

Pérez está no mercado e sua situação não é nada boa, com poucos lugares vagos que valham realmente a pena. O mexicano estava na equipe desde 2014 e ajudou a equipe se recuperar de sua pior fase, quando o chefão Vijay Mallya foi preso. Porém, Pérez acabou tragado pela equipe de Stroll, mesmo tendo ainda contrato. Por um lado, é ótimo para a F1 manter Vettel em seu grid em 2021, porém, claramente o piloto sacado da equipe foi o errado.

Um comentário:

  1. Com a saída do Pérez, eu acredito que ele ira se tornar o piloto da Haas por trazer dinheiro mexicano (essa tb seria uma oportunidade para o Pietro Fittipaldi, pois ele tem patrocínio da Claro, mesmo do Pérez) e se caso o Hamilton acaba decidindo ir para a nova Categoria (Extreme E) que ele criou sua equipe para tirar ano sabático, a Mercedes podia chamar o Hülkenberg como queria em 2017, na Alfa Romeo, é provável que os pilotos sejam os pilotos da F2 (Shwartzman, Schumacher e Ilott) ou um deles junto com um piloto experiente (Raikkonen, Pérez ou Hülkenberg)

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