Ao longo dos anos, muito se criticou a forma como a Ferrari administrou sua dupla de pilotos, onde na maioria das vezes o primeiro e o segundo pilotos eram pré-definidos e a preferência ao escolhido como piloto principal era sempre nítida, principalmente quando as corrida estavam definidas. Casos como Hawthorn e Phil Hill no Marrocos/1958, passando por Michele Alboreto e Stefan Johansson em 1985, Michael Schumacher e Rubens Barrichello até Fernando Alonso e Felipe Massa, entre outros entraram para a história. Foram ordens de equipes polêmicas, onde posições eram mantidas ou invertidas para tristeza dos fãs e revolta dos torcedores mais fervorosos. Apesar das críticas, a Ferrari sempre se beneficiou dessa política e poucas vezes pilotos do time italiano tiveram grandes problemas entre eles dentro das pistas. Já a Red Bull prefere uma política diferente, onde os pilotos podem lutar livremente entre si e se isso faz a alegria dos fãs da F1, também já trouxe enormes prejuízos ao time austríaco, como no exemplo extremo do Grande Prêmio da Turquia de 2010, quando Mark Webber e Sebastian Vettel bateram quando brigavam por posição. Ordens de equipes são medidas impopulares e por isso mesmo as equipes evitam usar essas táticas com seus pilotos, porém, ter pulso forte sobre seus pilotos é importante para evitar perca de pontos importantes. No Azerbaijão, Max Verstappen e Daniel Ricciardo andaram a corrida inteira juntos e brigando por posição de forma dura, onde o holandês evitou com fechadas e contra-ataques as tentativas do seu companheiro de equipe de passar a frente. Ricciardo parecia mais rápido e quando finalmente conseguiu a ultrapassagem, Max surgiu à sua frente novamente quando os dois fizeram suas únicas paradas e como falou o engenheiro do australiano, ele teria que fazer tudo de novo. E Ricciardo foi para cima de novo, mas Max novamente não deixou barato. Não tinha como dar mesmo certo. Faltando poucos voltas para o fim, com pneus mais macios e novos do que os pilotos que vinham à frente, Ricciardo atacou Verstappen no final da reta dos boxes, que fechou a porta de forma enfática, não dando chance para Ricciardo terminar sua tentativa de ultrapassagem, mas deixando pouca margem para que o australiano voltasse. A batida foi inevitável. Os dois saíram da pista e destruíram o final de semana da Red Bull para fúria de Helmut Marko, que criticou bastante a atuação dos seus dois pilotos nesse episódio. Sinalizar que um piloto está mais rápido pode evitar duplo zero para as equipes e a Red Bull não soube fazer isso, garantindo um clima pesado entre seus dois pilotos bem no momento que Daniel Ricciardo, em ótima fase, pensa em mudar de ares a partir da próxima da próxima temporada. Tudo o que uma equipe quer é marcar pontos com seus dois pilotos ao final de uma corrida. A Red Bull saiu de Baku com zero pontos por causa de um toque entre seus dois pilotos onde o bom senso de alguém da cúpula do time poderia ter evitado.
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