Foram dois terceiros lugares nas duas primeiras corridas da temporada, seguido por um final de semana próximo do perfeito, culminando com a vitória na tradicional corrida em Long Beach. Até o momento, Alexander Rossi não tem do que reclamar de 2018. O piloto da Andretti esteve sempre entre os mais rápidos desde os treinos livres, fez a pole com requintes de crueldade (fez apenas uma volta nos últimos segundos no Fast Six) e na corrida dominou como bem quis, já se apresentando como um dos favoritos para essa temporada.
Long Beach é umas das corridas mais tradicionais no mundo e por isso é uma das mais esperadas do calendário da Indy. As ruas apertadas, o hairpin e a longa reta pela Shoreline Drive transpira tradição numa corrida que já tem mais de quarenta anos, se contar os tempos de F1. E foi vindo da F1 que Rossi começa a mostrar suas garras na Indy. Após vencer de forma circunstancial as 500 Milhas de Indianápolis de 2016, Rossi fechou por mais uma temporada na Andretti e aos poucos vai mostrando todo o seu talento, que foi ignorado pela F1. O jovem americano da Andretti já vinha fazendo por merecer uma vitória esse ano, mas Rossi pareceu esperar para fazer mais do que vencer. Ele dominou todo o final de semana em Long Beach.
Como não poderia deixar de ser na pista de rua californiana, ocorreram alguns acidentes e confusões, começando logo na largada, quando Simon Pagenaud foi atingido por trás de forma estabanada por Graham Rahal, que foi punido, mas ainda se recuperou para terminar em quinto. Rossi tinha uma companhia pesada durante toda a corrida. Atrás dele vinha o sempre perigoso Scott Dixon, o experiente Sebastien Bourdais e Will Power. Após anos dominando a Indy, a Penske sentiu os efeitos com o novo carro e nem longe faz trios ou quadras na ponta dos grids desse ano. Com Pagenaud fora logo no início, coube à Power ser o representante único da Penske na briga pela vitória, já que Pagenaud fazia uma corrida irreconhecível. Mesmo com toda essa companhia, Rossi dominou a primeira metade da prova, chegando a abrir 9s para os rivais.
Por sinal, a Bandsports fez o favor de transmitir uma final de tênis de um torneio de quarta linha com dois tenistas de qualidade para lá de duvidosa durante a primeira metade da prova e para quem quisesse assistir a corrida, teve que apelar para o Youtube. Vai bem a cobertura da Indy pela Band...
Uma bandeira amarela como sempre tumultuou as coisas e nos trouxe a manobra do final de semana, com Bourdais fazendo uma ultrapassagem tripla, em cima de Dixon e do retardatário Matheus Leist. Pena que o francês cruzou uma linha azul, teve que devolver a posição para ultrapassar novamente Dixon na mesma curva. Porém, eles não seriam os principais rivais de Rossi pela vitória. Em outra bandeira amarela, Bourdais e Dixon entraram nos pits na hora errada e ambos perderam muito tempo nesse processo. Tendo feito sua última parada um pouco antes da amarela, Power assumiu a segunda posição e perseguiu de perto Rossi, mas o americano da Andretti não sentiu a pressão e venceu pela terceira vez na Indy.
Ao sair do carro, percebeu-se logo que Alexander Rossi é totalmente diferente de Josef Newgarden. Tímido e sem muitos sorrisos, Rossi comemorou com Michael Andretti discretamente, mas os dois americanos tendem a ser o futuro da Indy, cada um ao seu estilo, mas ambos mostrando muito talento. E quem ganha com isso é a Indy e para quem acompanha a categoria. Isso se a Band deixar...
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