No momento em que o mundo respira apreensivo pelo momento de beligerância no Oriente Médio, um dos players mundiais, a China, que ainda se considera comunista, viu a Ferrari demonstrar muita força na classificação de hoje e dar um belo passo na briga particular com a Mercedes.
O treino de hoje mostrou que a Red Bull ainda está um degrau atrás de Ferrari e Mercedes, ficando isolada como terceira força, assim como aconteceu em boa parte da temporada passada. Além do mais, a Red Bull já se vê assolada pelos temidos problemas de confiabilidade do motor Renault, que quase custou uma boa posição à Daniel Ricciardo. O australiano conseguiu um tempo no Q1 de forma extrema, muito pelo belo trabalho dos mecânicos da Red Bull. Na parte de trás, a Sauber retornou à última fila, com a Williams logo à frente. Começa a chamar a atenção Sergey Sirotkin superando Lance Stroll de forma constante e com alguma distância. Não que o russo seja um ótimo piloto, mas indica que a pressa em colocar Stroll na F1 começa a virar contra o jovem canadense. Mesmo com tantos simuladores, a cancha ainda faz a diferença para um piloto de F1.
Após o resultado de sonho no Bahrein, a Toro Rosso viu Pierre Gasly ficar pelo caminho no Q1 e Hartley ficar em último no Q2. Um pouco mais à frente, uma briga enorme se desenha no pelotão intermediário envolvendo Haas, Renault, Force India e McLaren, esta, um pouco mais atrás em ritmo de classificação. Para quem esperava brigar com a Red Bull, a McLaren começa a decepcionar ficando fora do Q3 com os dois carros. A luta entre essas quatro equipes tá muito embolada e hoje quem se deu melhor foi Hulkenberg, da Renault. Já na luta pela pole, a Ferrari se mostrou bem mais rápida em todo o momento, mas quem liderava era sempre Raikkonen, porém, no famoso 'pega pra capa', Vettel foi lá e superou seu companheiro de equipe por menos de um décimo e com direito a recorde da pista quebrado. Novamente Bottas superou Hamilton e o inglês não saiu na foto dos três primeiros pela segunda corrida consecutiva, algo bem raro de se ver nos últimos tempos, assim como o tempo que a Mercedes levou da Ferrari, superior a meio segundo. Muita coisa, sem sombra de dúvida.
No entanto, fatores podem mudar esse mundo vermelho. A Mercedes assombrou a F1 na classificação de Melbourne e foi superada na corrida. As duas equipes largarão com pneus macios amanhã e a Mercedes foi mais rápida com esse tipo de borracha, o que pode indicar um ritmo de corrida melhor, mesmo com a Ferrari melhor posicionada. E por fim, há o clima. O tempo frio e nublado muda muitos os sensíveis carros de F1, além da chuva poder se fazer presente. Há equilíbrio e a briga pela vitória tende a ser quente amanhã.
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