Quando estamos encarando a morte de um ente querido de perto, somos todos egoístas. Por mais que saibamos que ela esteja sofrendo, não queremos que ela simplesmente morra ali, na cama de um hospital. No próximo sábado se completará dois meses que minha avó faleceu após longa enfermidade. Sabíamos que ela estava mal, sofrendo e sentindo dor, mas ninguém em sã consciência queria que ela simplesmente morresse. Sou uma pessoa muito lógica e sofria muito com esses pensamentos. Não seria melhor que ela fosse logo? Não acabaria com esse sofrimento? Então me lembrava dos bons momentos vividos no passado com ela e todos que me deixaram recentemente.
Piloto extremamente promissor, Bianchi foi vítima de uma série de erros de procedimentos cometidos pela F1 e pela FIA em Suzuka, culminando com seu bizarro acidente. Mesmo com nove meses de diferença, foi a primeira morte de um piloto de F1 em um evento oficial desde Ayrton Senna em 1994, mas a Manor já tinha encarado a morte de Maria de Villota, em um teste em 2012, sendo que a espanhol faleceria um ano depois do ocorrido.
O que passou a família de Jules Bianchi nos últimos nove meses eu sofri na pele (e três vezes nos últimos quatro anos) e o sentimento, expressado pelo patriarca da família nessa segunda feira é esse mesmo. Dor e sofrimento. A qualquer momento se podia receber uma ligação do hospital, chamando a família para comparecer na presença de um médico e ser comunicado do pior. Infelizmente, o telefone tocou na casa da família Bianchi nessa sexta-feria à noite e Jules finalmente irá descansar em paz.
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