O Grande Prêmio da Espanha de 1990 foi do nível do Grande Prêmio do Japão de 2015. Ou seja, um porre. Senna conseguiu a pole por causa de sua famosa maestria em voltas lançadas, mas o brasileiro sabia que em pistas travadas, a Ferrari era mais forte que sua McLaren. Senna se manteve na ponta até começar a rodada de pit-stops e rapidamente Prost tomou a ponta. Chegando a andar 1s mais rápido do que Senna, que acabou abandonando, o francês venceu com tranquilidade, no que seria sua última vitória pela Ferrari, e manteve no páreo do título, apesar de Senna ainda ser o grande favorito de 1990. Alessandro Nannini subia ao pódio, ao lado de Prost e Mansell, mas nem o italiano e nem ninguém em Jerez poderia imaginar que aquela seria a última corrida do talentoso italiano na F1, pois alguns dias depois Nannini seria vítima de uma acidente de helicóptero e tem a mão decepada.
Porém, todos os pilotos que largaram vinte e cinco anos atrás tinham uma razão para estarem retraídos no domingo. Na sexta-feira, o promissor Martin Donnelly bate violentamente seu Lotus num dos guard-rails de Jerez. O impacto é impressionante. O Lotus é partido ao meio e Donnelly é jogado fora do seu carro, ainda amarrado ao seu banco, com as pernas entrelaçadas. Pensou-se imediatamente no pior, mas incrivelmente já no domingo Donnelly não corria risco de vida, mas suas pernas estavam seriamente prejudicadas e assim como Prost nunca mais venceu com a Ferrari e Nannini faria sua última corrida na F1, a carreira de Martin Donnelly estava terminada.
A foto de Martin Donnelly estirado no chão, como se estivesse morto, é uma das mais marcantes da história da F1.
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