Essa palavra foi a mais usada para definir a atuação de Lewis Hamilton em Monza, não apenas hoje, mas em todo o final de semana. Sobrando. Líder nos três treinos livres, pole position, vitória de ponta a ponta e com direito a melhor volta, o dia de Lewis Hamilton foi ainda mais perfeito com a quebra do velho motor de Nico Rosberg na penúltima volta, fazendo com que o inglês abrisse mais de cinquenta pontos no Mundial de Piloto, fazendo com que o tricampeonato de Lewis se torne uma contagem regressiva. Para alegria dos tifosi, Vettel garantiu um tranquilo segundo lugar, o mesmo não dizendo Felipe Massa, que sofreu intensa pressão de Bottas nas voltas finais, mas garantiu outro pódio em Monza.
A corrida não foi das mais animadas, mas a largada teve como destaque (ou não) Raikkonen, que saindo da primeira fila, ficou praticamente parado no grid, caindo para último. Novamente a Mercedes teve seus pilotos com destinos diferentes na largada, com Hamilton facilmente se mantendo na ponta, enquanto Rosberg se atrapalhou ao se desviar de Raikkonen e caiu para sexto, ficando atrás de Pérez. Se a ultrapassagem sobre o mexicano foi tranquila, o mesmo não aconteceu com a dupla da Williams, com Rosberg ficando preso atrás de Bottas. Enquanto isso, Hamilton abria exponencialmente sobre Vettel, que fazia também uma corrida solitária. O ritmo avassalador de Lewis o deixou intocável na ponta da corrida. Foi uma prova abissal de que, com o carro que tem, Hamilton não tem adversários em 2015. Porém, antes que alguém diga que apenas o carro vence, Lewis Hamilton também tem méritos, os mesmos de Vettel nos tempos de domínio da Red Bull. Tirando a possibilidade de uma punição pela Mercedes ter calibrado os pneus dos seus carros abaixo do demandado pela Pirelli, não há nada o que pôr ou tirar da corrida de Hamilton, que com quarenta vitórias, tem tudo para se tornar o terceiro piloto com mais vitórias na história da F1 em 2015. Já Rosberg viu sua corrida apagada, literalmente, apagar na penúltima volta, quando o inquebrável motor Mercedes o deixando na mão na penúltima volta. Nico ganhou a terceira posição muito por causa do trabalho da Williams nos boxes, com ambos os pilotos, mas o alemão teria que se conformar mesmo com os pontos do terceiro lugar, mesmo já estando próximo de Vettel quando abandonou. Esse 'zero' na classificação pode ter sido a pé de cal nas esperanças de Rosberg conquistar o seu primeiro título. Com Hamilton dominando e com a confiança em alta, Nico já deve começar a olhar para baixo.
Pois Vettel já está bem próximo na classificação de pilotos, o que já é um feito do alemão. Criticado pelos títulos com o pé nas costas nos seus tempos de Red Bull, Vettel vem mostrando o que pode fazer com um carro que não é o melhor e está próximo de Rosberg na classificação de pilotos. O que já é um feito. Vaiado em outros anos em Monza, hoje Vettel sentiu o entusiasmo da torcida ferrarista com o seu segundo lugar, numa corrida solitária, onde nunca teve ritmo para alcançar Hamilton e no final, controlou sem maiores sustos a aproximação de Rosberg. A corrida de Raikkonen foi definida na largada, quando ficou parado com problemas na embreagem e caiu praticamente para último. Realmente o ano de Kimi não é dos mais sortudos... Porém, o finlandês não se abateu e partiu para uma bela corrida de recuperação, subindo para um ótimo quinto lugar, após uma corrida cheia de ultrapassagens. A Williams fez uma corrida decente numa pista que lhe favorece claramente. Massa largou bem e ficou a primeira parte da corrida em terceiro, mas, como sempre, superado pela Mercedes na estratégia dos boxes, Massa teria que se conformar com um quarto lugar, quando ocorreu a quebra de Rosberg. Porém, o pódio de Felipe não estava garantido. Se Massa fez sua única parada na volta seguinte a de Rosberg, Bottas retardou ao máximo sua parada e com pneus menos desgastados no final da corrida, aumentou seu ritmo e partiu para cima do seu companheiro de equipe, numa animada briga nas voltas finais. Mesmo ficando velho para isso, nas palavras do próprio brasileiro, Massa se manteve em terceiro e assumiu isoladamente o quarto lugar no Mundial de Pilotos, no seu melhor campeonato desde o vice-campeonato de 2008.
Outra equipe que conseguiu um ótimo resultado graças as características da pista foi a Force India, com Pérez chegando a andar uma volta na frente de Rosberg, fazendo uma prova sólida, voltando aos bons tempos da Sauber, quando chamou a atenção da McLaren. Pérez foi ultrapassado no final pelo ritmo intenso de Raikkonen, mas garantiu um ótimo sexto lugar, superando mais uma vez seu afamado companheiro de equipe Hulkenberg. O alemão, que teve seu contrato renovado para os próximos dois anos, ficou atrás de Pérez. Novamente. Ele ainda teve que segurar por um bom tempo os ataques de Marcus Ericsson e, na volta final, de Daniel Ricciardo. O grid de largada tinha os quatro carros da Red Bull nas quatro últimas posições. Na pista onde a potência mais conta, acho que aquilo foi um recado direto para a Renault por parte do grupo Red Bull: só estamos aqui por causa de vocês! É simplesmente insustentável a parceria Red Bull-Renault e dizem que Ricciardo e Kvyat serão empurrados pela Mercedes em 2016. Os dois pilotos da Red Bull marcaram pontos, com Kvyat em décimo e os dois pilotos da Toro Rosso a seguir. Ericsson marcou outros pontinhos para a Sauber, enquanto Nasr tem uma segunda parte de temporada preocupante. O brasiliense largou bem, mas acabou tocando em Maldonado na primeira chicane e teve que trocar a asa dianteira no final da primeira volta, estragando sua corrida. Porém, se no começo do ano Nasr dominava Ericsson, a virada do sueco é líquida e certa, o que não é nada bom para o planejado crescimento de carreira do brasileiro. A corrida da claudicante Lotus acabou no comecinho da prova, com o abandono de ambos pilotos. Grosjean com aparentes problemas mecânicos. Maldonado... bom, nem precisa dizer o motivo do abandono dele. A McLaren fez um papel ridículo no domingo, sendo ultrapassado por quem se aproximasse e ainda viu Alonso abandonar no final da corrida. A Manor só apareceu quando Mehri quase acertou a traseira de Raikkonen na entrada dos boxes...
A corrida pode não ter sido das mais emocionantes, mas deu para apreciar a pilotagem agressiva e correta de Lewis Hamilton, um dos melhores pilotos dessa geração. O inglês será tricampeão e a pergunta não é mais 'se', mas 'quando'. E o inglês, com essa demonstração em Monza, faz por merecer.
sobrando e murcho... hehehehe
ResponderExcluirE o curioso é que o abandono de Maldonado foi fruto de uma manobra totalmente desastrada de... seu companheiro de equipe Grosjean que tocou em Nasr que acabou acertando Pastor no processo...
ResponderExcluirE falando em Nasr,é bom que se cuide,pois essa é a segunda vez consecutiva que seu colega de equipe Ericsson pontua e anda na frente dele...
Não vai ficar nada bom pra ele se ficar andando atrás de Ericsson com frequência...