Quando fez seu primeiro retorno à F1 nos anos 1980, a Honda utilizou uma equipe cobaia (Spirit) para testar e depois fazer suas primeiras corridas, antes ceder seus motores à Williams a partir de 1984 e entrar para a história como uma das melhores construtoras de motor da história da F1, principalmente ao lado da McLaren. A Honda voltou à F1 por uma segunda vez, sem muito sucesso e com as novas regras de motores, os nipônicos fizeram uma quarta aparição na F1 em 2015, no segundo ano dos motores híbridos. Porém, Mercedes, Renault e Ferrari passaram por alguns maus bocados em 2014 até acertar suas unidades de potência, sendo que até o momento, a Renault ainda está tateando atrás de obter o sucesso de volta. Porém, ao lado da McLaren, a Honda tinha esperança de que ao lado de uma equipe de enorme tradição e após um ano de testes, poderia fazer uma estreia decente e para isso, fez força para que a McLaren tivesse em seus cockpits dois campeões mundiais, mesmo Ron Dennis tendo problemas tanto com Alonso, como com Button. Contudo, desde os primeiros quilômetros da parceria McLaren-Honda, está claro que esse terceiro retorno da Honda à F1 só dará dividendos bem mais para frente e enquanto isso, a McLaren irá comer o pão que o diabo amassou. O time inglês já começou o ano com problemas com seu piloto principal, Alonso, de fora da corrida australiana por causa de um acidente pra lá de esquisito em Barcelona. A pré-temporada foi um tremendo fracasso da McLaren-Honda, com o carro completando poucas voltas, enquanto as rivais completaram milhares de quilômetros. Ao chegar à Melbourne, os problemas continuaram a ponto da Honda ter que limitar o potencial da sua unidade de potência para tentar que seus carros chegassem ao final da corrida e com isso, a McLaren conseguiu seu pior grid em sua longa história, ficando com a última fila. Porém, nem o motor Honda limitado para durar impediu que Kevin Magnussen quebrasse o motor... na volta de alinhamento! Com apenas Button na pista, foi melancólico ver o campeão mundial de 2009 se arrastar a corrida inteira, terminando a prova em último, duas voltas atrás dos líderes. Claro que a Honda não desaprendeu a fazer motores e nem a McLaren desaprendeu a fazer carros de F1 (apesar de que o último carro decente da equipe de Ron Dennis foi em 2012), mas ninguém esperava uma apresentação tão ruim como em Melbourne e com poucos, ou nenhum, testes até a próxima corrida em Sepang, é bastante provável que o calvário da McLaren e seus pilotos continuem por algum tempo.
Sério... nunca pensei em ver a mclata nesta situação... Envergonharam a Manor.
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