sábado, 30 de maio de 2015

Estratégia certeira

A Indy é tão mal acostumada com chuva, que mesmo em circuitos mistos, ela se enrola. Havia previsão de chuva em praticamente toda a tarde em Detroit e por isso, a largada foi adiantada e perdi boa parte da prova...

Porém, as equipes da Indy estão acostumadas com táticas arriscadas, principalmente as três grandes. Passando da metade da prova, uma bandeira amarela apareceu bem no momento em que era claro que a chuva forte, que era esperada por todos, estava vindo. Como na Indy só existe pneus slick ou de chuva, nada de intermediários, as equipes começaram a se mexer. A Ganassi trouxe Dixon para os pits, colocando pneus de chuva no neozelandês, o mesmo fazendo a Penske com Helio Castroneves. Na ocasião, a liderança pertencia a Marco Andretti, seguido de vários carros Honda, superados pelos Chevrolet em todo o final de semana. Que a chuva vinha, era certeza. O problema era quando...

Correr com pneus de chuva no seco causa um grande desgaste na borracha mais mole, trazendo um grande superaquecimento e por conseguinte falta de aderência. Se não chovesse logo, Dixon e Castroneves, que tentariam dar o pulo do gato, estariam fritos. Como os dois pilotos supracitados correm por Ganassi e Penske, as duas gigantes da Indy, a maioria dos pilotos à frente deles optaram pela mesma estratégia quando a bandeira verde apareceu, porém, a chuva forte não vinha. A garoa fazia com que os pilotos com skick andasse até 9s mais rápido para quem arriscou colocar os pneus de chuva. Porém, na relargada Marco Andretti tem problemas e cai para quarto. Outro fator era que o combustível para esses carros estava acabando. Will Power, mesmo com poucas voltas entre a relargada e a sua parada, voltou confortavelmente na frente de Dixon e Castroneves, mostrando que a tática certa era ficar na pista, mesmo que sendo muito arriscado correr com pneus slicks na ocasião.

Marco Andretti só parou quando o seu combustível estava no fim. Carlos Muñoz tinha parado mais tarde que o companheiro de equipe e ficou na pista, assumindo a ponta da corrida. Mesmo com a chuva deixando a pista bastante lambuzada, Muñoz, o único na pista com pneus slicks, foi capaz de fazer sua parada e voltar na pista em primeiro com 22s na frente de Marco Andretti. Apenas os dez primeiros ainda estavam na volta do líder, quando a bandeira vermelha apareceu devido a chuva ter encharcado a pista. Tão encharcada, que Luca Fillipi aquaplanou em bandeira amarela. A espera foi curta e logo Muñoz teve sua vitória confirmada.

Mesmo correndo pela Andretti, a primeiro vitória do jovem colombiano pode ser considerado uma surpresa. A Penske colocou seus quatro carros entre os cinco primeiros no grid e correndo em casa, eram os grandes favoritos à vitória, mas o melhor colocado do time de Roger Penske acabou sendo Simon Pagenaud, em terceiro, que parou na mesma volta de Muñoz. Dixox e Castroneves chegaram em quinto e sexto, respectivamente, mas um minuto atrás do líder. Os pilotos que arriscaram colheram os frutos, com Carlos Muñoz ficando com a fruta mais doce!

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