Essa semana assisti, pela primeira vez na íntegra, uma corrida da F-E. Antes de falar do acidente de Bruno Senna, vou dizer algumas palavras sobre a categoria. A F-E tem uma proposta de categoria limpa e sem maiores custos, tanto que corre apenas em circuitos de ruas muito curtos e a programação se resume a um dia, apenas. Porém, algumas coisas da F-E me incomodaram bastante, como um DJ ao lado da pista usando uma roupa ridícula ou o 'Power Boost', onde o público define por votação quem são os três pilotos que utilizarão uma potência a mais para ultrapassar. Isso, para mim, tira muito da credibilidade da categoria, pois no lugar de uma corrida, estamos vendo um circo. Porém, o grid é recheado de bons nomes, tanto entre pilotos, como em equipes. A Dams, tradicional equipe francesa de base está lá. A Abt, que tem uma longa parceria com a Audi, também. Vários pilotos de reconhecido talento em outras categorias estão lá, mas me chamou a atenção a quantidade de pilotos renegados da Red Bull. O tão famoso programa de jovens pilotos dos energéticos, que já revelou Vettel, Ricciardo e a atual dupla da Toro Rosso, também pode ser bem cruel, e só em Monte Carlo, haviam cinco pilotos que passaram nas canteras de Helmut Marko: o vencedor da corrida Sebastien Buemi, Scott Speed, Jaime Alguersuari, Jean-Eric Vergne e Antonio Felix da Costa. Apenas Buemi e Felix da Costa ainda tem contrato com a Red Bull, mas suas carreiras na F1 estão completamente descartadas. Vi muita comparação entre as provas de F1 e F-E nas redes sociais, mas a verdade é que a F-E não tem nada de tão emocionante assim, mesmo com uma característica totalmente distinta da F1, onde todo mundo corre com os mesmos carros. Buemi largou na pole, por lá se manteve e só foi pressionado na saída do pit-stop. Detalhe, troca-se de carro, não de pneus ou reabastecimento. Di Grassi largou em segundo, pressionou Buemi depois das paradas e no final foi pressionado fortemente por Piquet Jr durante três voltas, mas manteve o segundo lugar. Nelsinho fez uma notável ultrapassagem sobre Jerome D'Ambrosio (uma de três...) ainda no começo da prova, assumiu o terceiro lugar, pressionou Di Grassi, com quem teve um entrevero durante os treinos, e permaneceu em terceiro. Ou seja, os três primeiros ficaram nas mesmas posições a prova praticamente inteira, resultando numa corridinha sem vergonha. Porém, a F-E tem as costas largas, o presidente da FIA Jean Todt está sempre por lá, sendo que o francês deu uma pequena cornetada na categoria, ao chama-la de bem silenciosa. O barulho me pareceu mais parecido com o de carrinhos de brinquedo e me fez falta o 'ronco' dos motores da F1. Contudo, o momento mais empolgante em Mônaco foi a quase capotagem de Bruno Senna ainda na primeira volta. Utilizando parte do tradicional circuito de rua monegasco, a primeira curva da improvisada pista era ainda mais apertada e os pilotos da F-E produziram a seguinte carambola:
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