Desde o seu título mundial de 2007, Raikkonen vem tendo uma relação conturbada com a Ferrari. Após dois anos apagadíssimos, Kimi se aposentou da F1 pela equipe italiana no final de 2009, mas o finlandês resolveu retornar à F1 através da Lotus com ótimos resultados, nos fazendo relembrar do velho Kimi de 2007 a ponto da Ferrari recontrata-lo. Porém, em seu primeiro ano nesse seu retorno à Ferrari, Raikkonen foi muito mal, deixando-se dominar por Fernando Alonso, fazendo os italianos relembrarem do Kimi desmotivado de 2008/09. Contudo, a saída de Alonso, a troca de boa parte da equipe Ferrari e o voto de confiança dado pelo novo chefe Maurizio Arrivabene melhorou o astral de Raikkonen e da mesma forma como a Ferrari mudou da água para o vinho em relação ao ano passado, Raikkonen teve o mesmo efeito e fez uma belíssima corrida em Sakhir. Usando de sua relação com o engenheiro James Allison, o mesmo dos tempos da Lotus, Raikkonen esteve cada vez mais à vontade e no Bahrein, usou a velha estratégia que fez dele o piloto sensação da Lotus em 2012/13. Sabendo que a Ferrari trata melhor os pneus do que a Mercedes, Raikkonen usou uma tática diferente dos prateados e de Vettel, Kimi colocou pneus médios no segundo stint de corrida e de forma surpreendente, andou no mesmo ritmo dos pilotos à sua frente, mas que estavam equipados com pneus macios. Quando Hamilton, Rosberg e Vettel colocaram os pneus médios, Kimi ficou na pista e colocou os compostos macios na última parte da corrida e se tornou o piloto mais rápido da pista, imprimindo uma bonita caçada aos dois carros da Mercedes, animando a parte final da corrida. Já com Rosberg na sua mira, Raikkonen nem precisou se esforçar muito, pois o alemão errou na freada da primeira curva e Kimi assumiu a segunda colocação, mas já era tarde demais para tentar alcançar Hamilton, mas quando Raikkonen recebeu a bandeirada, estava apenas 3s atrás do inglês da Mercedes. No seu stint com pneus médios, Raikkonen ficou lento nas voltas finais e, quem sabe, se tivesse parado um pouco antes, teria chances de alcançar Hamilton e brigar mais seriamente pela vitória no final. Se, se, se... O mais importante para todos é que o velho Kimi, que não subia ao pódio desde o GP da Coreia de 2013, está de volta, andando no ritmo de Vettel e ajudando a Ferrari a animar esse campeonato com corridas próximas à Mercedes.
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