Mercedes fazer a pole não é mais nenhuma novidade, ainda mais com Lewis Hamilton. Mas em temperatura normal e sem problemas aparentes de Nico Rosberg, a Ferrari de Sebastian Vettel estar ao lado de Lewis na primeira fila amanhã em Sakhir pode ser o início de uma briga titânica entre Mercedes e Ferrari não apenas na corrida deste domingo, como também para o resto do campeonato.
Começando de trás para frente, a McLaren teve um dia de altos e baixos, com Jenson Button sequer completando sua volta de aquecimento no Q1, mas com Fernando Alonso indo facilmente ao Q2 e até mesmo brigando para entrar no Q3. A evolução da McLaren-Honda, após um início de temporada medonho, está saltando aos olhos. Porém, no único treino sem problemas para Button, o terceiro treino livre, o inglês foi bem mais rápido do que Alonso, o que é algo bastante incomum nos últimos quinze anos da F1. O que é algo bastante comum é ver Maldonado decepcionando. Mesmo com um problema no motor Mercedes, o venezuelano parece um pára-raio de problemas, mesmo que Maldonado, na minoria das vezes, não seja o culpado.
A briga para entrar no Q3 foi acirrada e derrubou a dupla da Sauber, mesmo com Felipe Nasr andando entre os dez primeiros em todos os treinos livres. A Red Bull conseguiu passar fácil com Daniel Ricciardo até a classificação final, mas Daniil Kvyat acabou ficando ainda no Q1, o que põe o jovem russo numa situação delicada, ainda mais com Max Verstappen e Carlos Sainz andando muito forte no ano de estreia de ambos. A Red Bull não costuma ter muita paciência com seus jovens pupilos.
No Q3, mesmo com a Williams próxima, com Bottas novamente botando tempo em Massa, a briga pela pole foi inteiramente entre Mercedes e Ferrari. Não sei se de propósito, Hamilton foi o último dos quatro a completar a última volta no Q3, todos com pneus macios novos. Vettel foi o primeiro a completar a sua volta e causou um choque quando Rosberg ficou um décimo atrás do compatriota da Ferrari. Hamilton colocou quase meio segundo em Vettel, mas isso era esperado. Os treinos livres mostraram uma Mercedes imbatível em uma volta, mas com a Ferrari superior em ritmo de corrida e com Vettel na primeira fila, isso pode ajudar bastante a causa dos italianos.
No box da Mercedes houve comemoração com a pole de Hamilton, mas era nítida a cara de preocupação de Toto Wolff, ainda mais com Nico Rosberg, cada vez mais abalado psicologicamente, tomando quase seis décimos de Hamilton. Com o crescimento exponencial da Ferrari, a Mercedes necessitará ainda mais de um segundo piloto forte, algo que Nico Rosberg não entregou até agora. Em outras mídias, comentaristas pareciam felizes com a F1 em sua crise sem fim e talvez piorada com um domínio da Mercedes. Mesmo os alemães ainda muito fortes, a Ferrari parece estar cada dia mais próxima e deve haver briga na prova de amanhã. Para tristeza de alguns. Se na Malásia a desculpa era o calor insano, hoje no deserto barenita não havia tanto calor a noite. Hamilton ainda é meu favorito, mas Vettel irá incomodar. E muito!
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