Apesar de muitos puritanos poderem se chocar com essa afirmação, mas a realidade é que, muitas vezes, um piloto tem que ser muito filho da puta para chegar ao estrelato. A competitividade ao extremo faz com que eles não pensem muito antes de passar muito dos outros para conseguirem seus objetivos. Vetar pilotos na sua equipe. Colocar no contrato que é primeiro piloto. Jogar o carro no adversário. Tudo isso e outras cositas más fazem parte do repertório dos grandes pilotos da F1 nos últimos trinta anos, mesmo que apareçam mais ou menos na mídia o lado 'sombrio' deles.
Dez anos atrás, havia a dúvida se Michael Schumacher se aposentaria ou não no final da temporada, apesar da tendência era que o alemão pendurasse o capacete no final de 2006. Com cinco títulos consecutivos, as traquinagens de Schumacher haviam diminuído bastante nos seus últimos anos de F1, mas tendo que enfrentar um piloto forte como Fernando Alonso, Schumacher teve uma recaída em Monte Carlo. O alemão tinha o tempo mais rápido no final da classificação e estava na pista para uma tentativa final. Mais atrás Alonso vinha com parciais melhores e tinha tudo para dinamitar o tempo de Schumacher. Então... Michael praticamente estacionou sua Ferrari na Rascasse, num teórico erro que acabou com sua volta, assim como a de Alonso, que ficou furioso quando soube da manobra de Schumacher. Nos boxes, Flavio Briatore parecia um siri numa lata. Tanta pressão resultou na desclassificação de Schumacher, que largou em último, mas ainda garantiu uma excelente quinta posição.
Sem a presença de Schumacher, Alonso ainda se aproveitou da quebra do motor de Raikkonen durante a entrada do safety-car para vencer tranquilamente, seguido por Montoya e Coulthard. O detalhe é que a Red Bull estava promovendo o filme do Super-Homem e o escocês subiu ao pódio com uma capa vermelha. O Grande Prêmio de Mônaco de 2006 viu uma corrida sem maiores emoções, como normalmente acontece em Monte Carlo, mas com muita história para contar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário