domingo, 8 de maio de 2016

Destruidor

Jorge Lorenzo teve a corrida que ele mais gosta hoje. Pole, boa largada, pista livre, rivais caindo e vitória tranquila. O espanhol da Yamaha destruiu a concorrência com um ritmo avassalador, não dando chances a ninguém, ainda mais numa corrida onde apenas treze pilotos receberam a bandeirada por causa dos vários acidentes em sequencia, incluindo o antigo líder do campeonato Marc Márquez.

A forma como Lorenzo conseguiu a pole e dominou o final de semana indicava que o pessimismo de Márquez e Rossi em comparação ao ritmo de Lorenzo era válida. O espanhol teve uma corrida de sonho desde a largada, já que seus maiores rivais na MotoGP, Márquez e Rossi, largaram muito mal. Escoltado pelas duas Ducatis, sua futura equipe em 2017, Jorge Lorenzo liderou soberano nas primeiras voltas, abrindo na medida em que Iannone caía novamente, enquanto Rossi e Márquez se recuperavam e partiam para cima de Doviziozo. Rossi teve uma péssima largada, chegando a se meter numa perigosa briga na primeira volta com Bradley Smith e Aleix Espargaró, mas o italiano usou o equilíbrio de sua Yamaha para escalar o pelotão, ultrapassando quem vinha pela frente até assumir a segunda posição. Rossi, Doviziozo e Márquez andavam juntos. Tão juntos que Doviziozo e Márquez caíram de forma tão sincronizada, que nem se tivessem combinado, eles se sairiam tão bem.

Doviziozo está com uma nuvem negra sobre sua cabeça, pois desde o pódio na primeira corrida no Catar, o italiano vem sofrendo problemas mecânicos ou quedas, sendo a maioria por culpa alheia. E isso está ocorrendo num momento decisivo, pois até agora ninguém sabe quem será o companheiro de equipe de Lorenzo na Ducati ano que vem, mas para sorte de Dovi, Iannone está ainda pior, sofrendo vários acidentes em todos os finais de semana, mostrando muita velocidade e irregularidade. Contudo, o maior prejudicado do incidente foi Márquez, que com a queda perdeu a liderança do campeonato, onde o espanhol da Honda corria para diminuir o prejuízo num final de semana onde nada deu certo para a Honda, mas houve tantos acidentes que mesmo com a moto toda arrebentada, Márquez voltou à corrida e ainda marcou três pontos com a 13º e última posição. Quem se aproveitou de tudo isso foi Maverick Viñalez, que conquistou seu primeiro pódio na MotoGP com o terceiro lugar, além do primeiro da Suzuki nessa sua volta à MotoGP. Pedrosa, em outra corrida opaca em sua já longa carreira, terminou em quarto. Se Pedrosa permanecer na Honda ou se transferir para a Yamaha, como andam falando, o empresário de Dani tem que ter uma estátua erguida no quintal da casa de Pedrosa, pois é inacreditável como um piloto que teve todas as chances como Pedrosa ao longo de onze anos na MotoGP, corra de forma tão apática e ainda tem quem aposte nele.

Lorenzo apostou alto em deixar a Yamaha e se transferir para a Ducati em 2017, mesmo as motos italianas estarem se desenvolvendo, apesar dos seus dois pilotos adorarem um cheirinho do asfalto bem de perto. O espanhol assumiu a liderança do campeonato e com a MotoGP tão equilibrada, com Yamaha e Honda se alternando no domínio em cada pista, um piloto sólido como Jorge Lorenzo pode fazer a diferença. 

Um comentário:

  1. Rossi jogou toda e qualquer possibilidade de confronto com Lorenzo no Q2,quando resolveu sair no tráfego e se lascou.

    E Iannone realmente segue o script direitinho pra ser defenestrado da Ducati. Duas boas chances de vitória que o Crazy Joe atirou pela janela nesse ano.

    Mas mesmo que estivesse fazendo direitinho o trabalho,creio que Iannone ainda assim seria defenestrado de qualquer maneira,já que Lorenzo obviamente prefere um colega inofensivo e dócil como Dovizioso.

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