Quando foi anunciado que Lewis Hamilton perderia cinco posições no grid por causa de uma troca de câmbio, o plano do inglês era simples: fazer a pole, largar em sexto e estar na briga pela vitória rapidamente. Mas como diria Garrincha, esqueceram de combinar isso com os rivais, principalmente com o vizinho de boxe. Valtteri Bottas conseguiu uma bela volta no Q3 e conseguiu uma emocionante pole, superando Vettel e Hamilton por muito pouco, mas garantindo a primeira posição no domingo. A corrida de Bottas no primeiro stint mostrou um piloto cada vez mais seguro de ter um dos melhores carros do grid e com o pneu mais macio ofertado pela Pirelli, foi um dos pilotos que permaneceram mais tempo na pista com os pneus ultramacios. Com o carro ligeiramente menos acertado com o pneu supermacio, Bottas viu bolhas aparecerem em seus pneus e com o ritmo diminuído no seu segundo stint, viu Vettel crescer em seus retrovisores, mas o finlandês não se abateu e segurou os ataques do ferrarista na volta final para vencer pela segunda vez na carreira e na temporada, além de dar uma encostada na briga pelo título, mesmo sendo claro que a batalha pelo campeonato tende a ficar bipolarizada entre Hamilton e Vettel, mas ao contrário do que ocorre na Ferrari e com o protagonista da segunda parte dessa coluna, a Mercedes pode contar com um piloto que pode brigar pela vitória e até tirar pontos de Vettel na luta com Hamilton. Valtteri Bottas evolui constantemente e se mostra um piloto cada vez mais forte, constantemente ficando na briga pela vitória. Mesmo contando com 28 anos, Bottas pode ter um bom futuro com a Mercedes.
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