O dia na F1 começou com o anúncio de que Felipe Massa, após passar mal na sexta e após o terceiro treino livre de hoje, estaria fora do resto do final de semana do Grande Prêmio da Hungria, quebrando um longo tabu do automobilismo brasileiro. Desde o Grande Prêmio de San Marino de 1982, onde as equipes de Nelson Piquet, Raul Boesel e Chico Serra boicotaram a corrida em Ímola, o Brasil sempre tinha um representante no grid na F1 e 35 anos depois, amanhã não haverá nenhum piloto tupiniquim na pista húngara. É melhor irmos nos acostumando com isso. O contrato de Massa irá até o final do ano e com a Sauber assinando com a Ferrari em 2018, há uma movimentação para que Pascal Wehrlein assuma um lugar na Williams em 2018, por causa dos contatos com a Mercedes. Felipe Nasr está cada vez mais distante da F1 e nas categorias de base a coisa não está muito animadora. Na F2 Sergio Sette Câmara faz uma campanha ruim, na F3 Europeia Pedro Piquet vai de mal a pior e na World Series, Pietro Fittipaldi corre na melhor equipe de um campeonato onde largam pouco mais de doze carros e o neto do bicampeão está tendo muitas dificuldades. O futuro a curto prazo da F1 para o Brasil não é dos melhores, definitivamente...
O treino de hoje confirmou que a Ferrari e seu chassi mais curto e ágil se adapta melhor ao travado circuito de Hungaroring e Vettel conseguiu a pole com certa facilidade, com Raikkonen completando a dobradinha vermelha na Hungria. Hamilton passou toda a classificação reclamando de uma vibração nos pneus e ficou de fora da foto dos três primeiros, superado por Bottas. A Red Bull pintou bem num circuito onde a potência do motor não faz tanta diferença e Ricciardo dominou os treinos livres de sexta, mas quando realmente valia, o time austríaco ficou com a normal terceira fila, mas próximos de um irreconhecível Hamilton. A quarta força ficou com a McLaren, que sempre andou forte com seus dois pilotos, confortavelmente no Q3 e o aniversariante Alonso teve algo a comemorar além da passagem de mais uma primavera. Se a confiabilidade do carro deixar, finalmente a McLaren poderá marcar bons pontos. Correndo com apenas um piloto, Hulkenberg, a Renault ficou no top-10 e num circuito de baixa velocidade, a Force India ficou de fora do Q3. Entrando de última hora, Paul di Resta fez um trabalho muito bom num carro totalmente desconhecido por parte dele e ao menos se livrou da última posição.
O final de semana foi marcado até agora por um calor muito forte, fazendo da pista muito mais escorregadia do que o normal. Definitivamente Hamilton não está em sua zona de conforto, mas o inglês já venceu várias vezes na Hungria e pode pelo menos beliscar o pódio, pois a vitória, em condições normais, deverá ficar com a Ferrari. Antes sinônimo de corridas chatas pela dificuldade de se ultrapassar, Hungaroring vem se caracterizando por ótimas corridas nos últimos tempos. Que permaneça assim!
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