Se havia um piloto que merecia ganhar em 2016, esse alguém era Daniel Ricciardo. O australiano da Red Bull vinha tendo uma temporada muito forte, mas bateu na trave três vezes quando esteve perto de vencer, mesmo com todo o domínio avassalador da Mercedes nesse ano. Ricciardo ainda teve que receber em seu feudo toda a impetuosidade de Max Verstappen, que chegou à Red Bull mostrando todo o seu talento e, principalmente, personalidade, tirando Ricciardo da zona de conforto, onde dominava o instável Daniil Kvyat. Abatido após as derrotas em Barcelona e Monte Carlo, Ricciardo voltou a se sobressair dentro da Red Bull, mas ainda lhe faltava uma vitória, pois Verstappen já havia triunfado esse ano, na Espanha. Após bater na trave mais uma vez em Cingapura, Ricciardo não parecia ter muitas chances na Malásia, onde via outro domínio da Mercedes e ainda foi superado por Verstappen na definição do grid. Contudo, como dizia Juan Manuel Fangio, carreras son carreras. E a corrida do simpático australiano começou a mudar na primeira curva, quando um otimista Sebastian Vettel bateu em Nico Rosberg, atrapalhando a corrida do piloto da Mercedes e também do seu companheiro de equipe, Max. Daniel assumiu a segunda posição, mas não tinha muito o que fazer contra o líder inconteste Lewis Hamilton, mas o motor do inglês abriu o bico bem no momento onde Ricciardo fazia de tudo para segurar Verstappen, numa briga de alto nível contra o seu companheiro de equipe, com vantagem para Ricciardo, que parecia adivinhar que essa briga seria crucial para a sua primeira vitória. Daniel subiu ao pódio com seu sorriso característico e exalando simpatia, transformou a sua premiação num dos melhores momentos de 2016, onde fez com que os demais componentes do pódio experimentasse champanhe de sua suada sapatilha, no famoso 'shoey' australiano. A vitória de Ricciardo fez justiça ao australiano e ainda trouxe alegria para todo o paddock.
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