Às vésperas de se aposentar da F1, começam a se fazer balanços da carreira de Felipe Massa. Ele bateu na trave em 2008? Não restam dúvidas, mas desde o seu acidente o paulistano nunca mais foi o mesmo, apesar das negativas de Felipe. Antes combativo, Massa já havia mostrado outras vezes sérias dificuldades em ultrapassar. Em Austin, a Williams tinha ótimas chances de tirar boa parte dos pontos que tem de desvantagem para a Force India, com Hulkenberg abandonando na primeira curva e Pérez rodando, após barbeiragem de Kvyat, durante a primeira volta. Estava tudo nas mãos de Massa, que largou bem e estava em sétimo, fazendo o papel do melhor do resto, atrás do trio de ferro Mercedes, Red Bull e Ferrari. Porém, um Virtual Safety Car fora de hora colocou Massa atrás de Sainz. À essa altura, com os abandonos de Verstappen e Raikkonen, a briga era pela quinta posição e bons pontos no Mundial de Construtores. Carlos Sainz tem nas mãos um Toro Rosso com motor Ferrari 2015 sem nenhuma atualização e estava calçado com pneus macios desgastados. Massa tem nas mãos o potente motor Mercedes e pneus médios, que fatalmente se desgastariam menos do que os pneus de Sainz. Pois Felipe foi incapaz de ultrapassar o piloto da Toro Rosso, mesmo tendo todas as vantagens para si. Enquanto hibernava atrás de Sainz, outro espanhol vinha como um Touro Miúra e mesmo com uma McLaren com um motor muito inferior ao de Massa, Alonso partiu com tudo para cima de Felipe e numa agressiva ultrapassagem deixou o brasileiro para trás. O que Massa não fez em quase vinte voltas, Alonso levou apenas duas para deixar Sainz para trás e ficar com o quinto lugar. Para piorar, Sergio Pérez se recuperou de sua rodada e chegou uma posição atrás de Massa, diminuindo o prejuízo da Force India, enquanto Massa ainda saiu reclamando da bela ultrapassagem de Alonso. Com a mesma idade, Felipe Massa e Fernando Alonso são contemporâneos e ambos disputaram títulos em suas carreiras. Adivinhem quem ganhou um (dois, para ser exato) campeonato e outro não?
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