Sinceramente já perdi as contas de quantas vezes Lewis Hamilton esteve merecidamente nessa parte da coluna e como ele estará aqui brevemente quando conquistar seu tetracampeonato, vale olhar para o resto do pelotão e identificar quem poderia estar aqui em Austin. E Carlos Sainz fez por merecer estar aqui. O jovem espanhol não conquistou seu melhor resultado da carreira e nem levou à Renault a posições mais altas do que vinha conquistando até então, mas todo o contexto faz com que Sainz esteja merecidamente aqui. Após ser anunciado como piloto da Renault em 2018 depois de complicadas negociações, o espanhol foi guindado de forma surpreendente como segundo piloto da equipe ainda nas corridas finais de 2017. Não havia tempo para testes. No máximo, algumas voltas no simulador, um molde para o banco e fotos para publicidade. Porém, bastou Sainz sentar no seu novo carro nos primeiros treinos livres para perceber o quanto a Renault vacilou em deixar o insípido Jolyon Palmer tanto tempo na equipe amargando resultados ruins, além de perder pontos importantes no Mundial de Construtores. Nico Hulkenberg liderou a equipe praticamente sozinho durante a temporada inteira e não era incomodado por Palmer, mas bastou Sainz dar suas primeiras voltas para que o espanhol conseguisse o que Palmer foi incapaz de fazer: andar no mesmo ritmo do alemão. Em certos momentos Sainz foi até mais rápido, numa rápida adaptação talvez nem mesmo imaginada por todos os envolvidos. Hulkenberg foi derrotado pela primeira vez no grid e com o seu abandono precoce, não deu para sentir se isso se repetiria em ritmo de corrida, mas pelo o que fez, Sainz poderia, sim, chegar à frente de Hulk na bandeirada. Sainz brigou no pelotão intermediário, chegando à frente até de uma Force India e marcou pontos em sua estreia na Renault. Ele não fez nada a mais do que Hulkenberg vinha fazendo, mas fez bem mais do que Palmer fez. E isso já foi o bastante para satisfazer a Renault e renovar as esperanças de um 2018 bem melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário