Em tempos que a F1 vê pilotos cada vez mais novos estreando na categoria, principalmente pelas mãos da Red Bull, ter um piloto de 27 anos estreando pela Toro Rosso é um das notícias mais surpreendentes dos últimos tempos, além de revelar que o programa de jovens pilotos da Red Bull não está na melhor das fases.
Brendon Hartley já fez parte da cantera da Red Bull, mas como não mostrou nada de muito impressionante quando lá esteve, o neozelandês foi dispensado e se concentrou no Endurance. Hartley logo ganhou projeção nas corridas de longa duração e como piloto oficial da Porsche, foi campeão do WEC em 2015 e venceu as 24 Horas de Le Mans esse ano. Longe dos monopostos desde 2012, Hartley não era sequer cogitado para correr na F1 nessa ou na próxima temporada, mas situações bastante específicas fez com que Brendon fosse anunciado hoje como piloto da Toro Rosso em Austin. Pierre Gasly, recentemente graduado à F1 para o lugar de Daniil Kvyat, corre com motor Honda na Super Formula no Japão e está na disputa pelo título. O campeonato tem um nível alto e a Honda não estava disposta a perder o campeonato e como nova parceira da Toro Rosso (e também da Red Bull), requisitou Gasly para a última etapa do ano, que será realizada no mesmo dia do Grande Prêmio dos Estados Unidos. Com Carlos Sainz liberado pela Renault, a Toro Rosso se viu praticamente sem pilotos para a próxima etapa da F1. Em outros tempos, Helmut Marko pinçaria um jovem talento do programa da Red Bull para revelar novas estrelas da F1, mas o austríaco se viu sem nenhuma opção confiável.
Além de trazer Kvyat de volta, a Red Bull teve que procurar uma opção como segundo piloto. Buemi tem contrato com a Toyota no WEC e a Honda logo dispensou o suíço, que ainda tem contrato com a Red Bull. Outros pilotos foram sondados e até o atual campeão da Indy Newgarden foi cogitado. De forma surpreendente, surgiu o nome de Brendon Hartley e o neozelandês foi anunciado hoje como o substituto de Gasly em Austin. Apadrinhado por Scott Dixon, Hartley negocia um lugar na Ganassi em 2018 na Indy, mas com essa porta aberta, o neozelandês pode mudar novamente de rumo. Ele será o primeiro kiwi a correr na F1 em 33 anos. E o primeiro que a Red Bull teve que colocar na Toro Rosso fora de seu programa desde Sebastien Bourdais. Outros tempos na casa austríaca...
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