Figurão(AUT): Mercedes

Após a dominante vitória de Lewis Hamilton em Paul Ricard com o novo motor e os melhores tempos nos treinos livres na Áustria com as evoluções aerodinâmicas, a Mercedes dava a pinta de que poderia voltar a dominar como fez entre 2014 e 2016, desequilibrando a disputa com Ferrari e Red Bull nesse ano. A classificação viu Bottas superar Hamilton por muito pouco e a Mercedes dominou a primeira fila. Mesmo com uma largada conturbada, onde a Ferrari de Raikkonen largou melhor do que os dois pilotos da Mercedes, Hamilton liderava no final da primeira volta com 2s de vantagem sobre Bottas, que tinha uma vantagem similar em cima de Verstappen. Pronto. A corrida no Red Bull Ring parecia decidida a favor da Mercedes e a expectativa era de uma corrida até mesmo chata, com os dois carros prateados dominando sem resposta das rivais. Porém, os poucos testes fazem que evoluções não sejam praticadas além das bancadas de laboratório e túnel de vento. Bottas apareceu lento com um problema hidráulico ainda no primeiro terço de corrida, desanimando ainda mais um Valtteri sem sorte esse ano. O abandono de Bottas fez a Mercedes sair de sua zona de conforto e talvez na tentativa de achar o que havia dado de errado com o carro número 77, os estrategistas da Mercedes se esqueceram do que estava acontecendo na frente do nariz deles. O safety-car virtual foi atuado para retirar o carro de Bottas, evento que foi prontamente aproveitado por Ferrari e Red Bull. Hamilton ficou na pista e com pneus mais desgastados não conseguiu abrir de Verstappen após a bandeira verde, fazendo o inglês cair para quarto quando fez seu primeiro pit-stop. Porém, esse erro estratégico apenas camuflou uma surpreendente segunda falha mercediana já no final da prova, quando Hamilton viu seu motor novo quebrar após o inglês reclamar de falta de potência e ser ultrapassado por Vettel. Se Lewis Hamilton tivesse em primeiro, talvez a dor da Mercedes seria maior, mas não deixa de ser dolorido a expectativa de uma dobradinha se transformar num zero por culpa única e exclusivamente da Mercedes.