A classificação do Grande Prêmio da Inglaterra foi um jogo de cartas marcadas, onde estava claro desde o início que Hamilton ficaria com a pole, com Rosberg ao seu lado, com os dois carros da Red Bull na segunda fila, com os dois carros da Ferrari na terceira, apesar de que, mais uma vez, um câmbio quebrado custará cinco posições à Vettel, que largará em 11º amanhã.
Prestei mais atenção em outros detalhes. Olhei além das três grandes equipes e vi um Carlos Sainz cada vez mais maduro e se a Ferrari renovou com Raikkonen para 2017, pode pensar no jovem espanhol em 2018, já que a Red Bull manterá seus dois pilotos nas próximas duas temporadas. A 'briga' com Max Verstappen parece ter levado Sainz a um nível melhor e mesmo com um motor Ferrari 2015, o piloto da Toro Rosso vem fazendo uma temporada muito sólida, enterrando ainda mais a carreira de Kvyat, que não consegue acompanhar Carlos. Após um 2015 esquecível, finalmente a parceria McLaren-Honda vai evoluindo e Alonso está passando ao Q3 com relativa constância, não sendo mais algo circunstancial. Button ficou no Q1 numa opção da McLaren em mantê-lo nos boxes quando era nítido que o inglês tinha que estar na pista. Após uma confusão para saber se o tempo de Magnussen seria ou não anulado, Button ficou mesmo de fora e acho que ele estará de fora da McLaren também em 2017. Além da aposentadoria, Button tem a opção de encerrar a carreira onde começou, na Williams. Se Bottas fez o que dele se esperava, a recente má fase de Massa pode ser um indicador que o brasileiro não está nos planos da equipe em 2017, fazendo com que o brasileiro possa estar se aposentando da F1 ou indo para a Renault. Olhando pro agora, seria um suicídio profissional ir para os carros amarelos agora, mas essa era a sensação quando Massa foi para a Williams em 2014 e o brasileiro, além da própria equipe, surpreenderam. Isso pode voltar a acontecer com a Renault ano que vem. Por último, a maré da Sauber está tão ruim, que não basta ser superada pela Manor, mas também ver Marcus Ericsson bater forte no terceiro treino livre e se o sueco não baixasse hospital, provavelmente Ericsson ficaria de fora de qualquer maneira, pois a Sauber não teria peças de reposição em Silverstone...
A anulação do primeiro tempo marcado por Hamilton no Q3 apenas forçou o inglês a melhorar ainda mais seu tempo, superando a sua pole de 2013, quando a F1 corria com motores V8. Hamilton só tem a temer o céu carrancudo de Silverstone, que pode trazer chuva amanhã e embaralhar um pouco as coisas para amanhã.
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