Na Inglaterra, Lewis Hamilton usou o fator casa para dominar em Silverstone e dar um passo decisivo em sua virada em cima de Nico Rosberg no campeonato desse ano. Em Hockenheim, na volta do tradicional circuito alemão ao calendário da F1, foi Nico que utilizou o fato de estar correndo em casa, além de estar na frente da torcida da Mercedes, para conseguir mais uma pole e dá um sopro de esperança de que ainda tem chances de vencer seu primeiro título.
Sem nenhum intempérie, a classificação em Hockenheim ocorreu na maior normalidade possível, sem maiores surpresas ou incidentes. No Q1, Daniil Kvyat vai afundando sua carreira na F1 ao ficar pelo caminho, tomando tempo mais uma vez de Carlos Sainz. O russo não vem correspondendo e dificilmente terá lugar na Toro Rosso em 2017 e até mesmo na F1. A Sauber assumiu de vez o lugar de pior equipe da F1, mas pelo menos Nasr vem superando com constância seu companheiro de equipe Ericsson, enquanto Wehrlein por muito pouco não aprontou outra e foi para o Q2, que teve Jolyon Palmer deixando Kevin Magnussen para trás na briga interna da Renault. A McLaren andou sempre entre os dez primeiros nos treinos livres, mas na classificação a equipe dos carros negros ficou para trás, não tendo chance de subir ao Q3. Magoadinho pelo dedo médio mostrado por Hamilton na corrida passada (oh frescura...), Gutierrez superou Grosjean, algo raro hoje em dia.
No começo do Q3, a Mercedes teve uma surpresa desagradável quando Nico Rosberg teve um pequeno problema eletrônico em sua primeira volta lançada, mas quando o problema foi consertado, o alemão da Mercedes conseguiu sua 27º pole na carreira, dando a impressão que correndo em casa, tem boas chances de virar o jogo novamente na luta interna da Mercedes. Contudo, Nico não corre propriamente em casa, como foi o caso de Hamilton em Silverstone. Nico sempre foi muito ligado à Finlândia, país onde nasceu seu pai Keke Rosberg, mesmo Nico tendo assumido a nacionalidade de sua mãe. Além disso, Rosberguinho foi criado em Monte Carlo e os alemães claramente se identificam mais com Sebastian Vettel, que veio da classe trabalhadora. No bom público nas arquibancadas em Hockenheim, via-se muito mais camisas e bandeiras da Ferrari para Vettel, do que propriamente uma torcida para Rosberg. E nem com a torcida a favor impediu Vettel de ter uma classificação ruim, ficando em última na segunda divisão que há hoje na F1, tendo apenas Red Bull e Ferrari. Ricciardo superou Verstappen com boa vantagem, enquanto Raikkonen foi a melhor Ferrari do dia, mas não diminuindo a crise crescente dentro da equipe italiana.
Mesmo Ricciardo ficando relativamente próximo das Mercedes, a corrida tende a ser prateada amanhã, apesar de que a estreiteza da reta já trouxessem largadas acidentadas no passado. Saindo em primeiro, Nico Rosberg espera conquistar final a torcida alemã, acabar com a sequencia de Hamilton e respirar no campeonato.
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