segunda-feira, 25 de julho de 2016

Figurão(HUN): Automobilismo brasileiro

A chegada do verão europeu marca vários anúncios para a temporada seguinte da F1, como foi o caso das renovações de Kimi Raikkonen (Ferrari) e Nico Rosberg (Mercedes) nas últimas semanas. Para as boas vagas ainda existentes para 2017, boas exibições nessa época do ano podem ser cruciais na mesa de negociações. Os dois Felipes, Massa e Nasrm chegaram à Hungaroring ainda com seus futuros em aberto e andar bem na prova húngara seria muito bom numa negociação. Pois aconteceu tudo ao contrário. Felipe Nasr está sentado numa verdadeira cadeira elétrica e mesmo a Sauber tendo anunciado um novo investidor, está bastante claro que quem quer chegar com uma mala de dinheiro em Hinwill, sede da Sauber, garantirá um lugar no time suíço em 2017. Apesar de não gostar, Nasr é, sim, um piloto pagante e só está na F1 desde o ano passado graças ao polpudo patrocínio do Banco do Brasil. Não é difícil decifrar qual era o plano da família Nasr: aparecer nos dois primeiros anos para garantir uma boa vaga numa terceira temporada. Porém, mesmo evoluindo nessa temporada, Felipe Nasr ainda não fez brilhar olhos de nenhum chefe de equipe disposto a investir num piloto em 2017. Sem contar que a crise em que vive o Brasil hoje, ninguém sabe por quanto tempo o BB continuará investindo dinheiro no brasiliense. Nasr andou bem na pista molhada no sábado, mas com pista seca, o brasiliense sucumbiu a mediocridade do seu carro e terminou bem longe dos pontos. O caso de Felipe Massa é diferente. Desde 2002 na F1, Massa já é um piloto estabelecido, teve seu momento na F1 e agora está na reta final de sua carreira. Correndo por uma decadente Williams, Massa teve um final de semana horroroso na Hungria, sete anos depois do acidente em que fez sua carreira ser dividida entre antes e depois da 'molada'. Reconhecidamente Massa nunca andou bem no piso molhado e ainda na volta de aquecimento, durante a classificação, com pneus intermediários, o brasileiro rodou e bateu no guard-rail, garantindo que largaria no pelotão de trás. Quando a Mercedes tinha o melhor motor disparado da F1, era esperado que Massa fizesse o que Raikkonen fez ontem, quando saiu das últimas posições para marcar bons pontos. Pois nem a Mercedes tem uma diferença abismal para as demais montadoras, nem a Williams briga para ser a segunda força da F1. Numa corrida simplesmente medíocre, atrapalhado por um problema na direção e uma má largada, Massa teve que se conformar com o fundo do pelotão a corrida inteira, sem chances de imprimir um ritmo decente. Mesmo a Williams estando longe de bons momentos recentes, Bottas amealhou alguns pontinhos e vai abrindo com relação à Massa no campeonato. Tanto Nasr, como Massa não tem nenhum contrato assinado para 2017 no momento. Com seus dois representantes numa situação ruim dentro da F1, o automobilismo brasileiro corre um seríssimo risco de não ter nenhum piloto tupiniquim na F1 já em 2017.

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