Ao longo de sua história, a F1 mostrou que um estreante tem que chegar chegando na categoria, se quiser ter um futuro na F1. Um exemplo bem didático se chama Alexander Wurz. O austríaco estreou pela Benetton no meio da temporada de 1997 e logo em sua terceira corrida, conseguiu um belo pódio. Essas exibições de Wurz o garantiram por mais de dez anos na F1, mesmo o comprido austríaco sendo longe de ser um virtuose. Não utilizei nenhum campeão mundial para mostrar que a primeira impressão é a que fica na F1 e Wehrlein, alemão de sobrenome enrolado, vem demonstrando um talento acima da média e para isso, vem fazendo bem mais do que o esperado com o parco equipamento que tem em mãos. O jovem alemão da Manor já fez levantar algumas sobrancelhas no sábado, quando foi o décimo mais rápido no Q1, passando confortavelmente para o Q2. Largando numa excepcional 12º posição, Wehrlein cometeu seu único erro no final de semana quando estacionou seu Manor no lugar errado do grid, o que poderia lhe causar uma punição, mas Pascal percebeu rapidamente seu erro e largou para uma corrida sensacional, onde soube usar o conhecimento prévio que tem da pista de Spielberg (Wehlein foi campeão do DTM, que utiliza bastante a pista austríaca), além do excelente motor Mercedes para conseguir uma décima posição sensacional. Apesar de ter se aproveitado de um acidente de Pérez na última volta, Werhlein estava colado na traseira de Bottas nas últimas voltas, pronto para dar o bote no finlandês da Williams, mas os deuses da velocidade louvaram o bom desempenho do jovem alemão e a Manor volta a marcar pontos desde o milagre de Jules Bianchi, em Mônaco. Assim como o saudoso francês, Wehrlein vem fazendo muito mais do que o potencial do carro que tem em mãos e vai mostrando que é mesmo um piloto de bom futuro na F1. E do jeito que os pilotos titulares da Mercedes vem batendo cabeça...
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